Vidas Secas – Bruno Fernandes
Aluno: Bruno Fernandes, EF82
Poema do livro: "Vidas Secas",
Autor: Graciliano Ramos
Vidas Secas
A seca arrasava o sertão
era preciso fugir
assim Fabiano com sua família
decidiu de sua casa sair.
Eram seis sobreviventes
o pai, a mãe, dois meninos
um papagaio e a cadela Baleia
e todos indo pelo caminho pacientes.
A comida era pouca
a esperança era bastante
sobreviver era difícil
mas a luta era incessante.
Baleia ia na frente
apesar de ser um animal irracional
mas, graças a ela,não faltava comida
para aquela gente normal.
Fabiano e seus filhos pequenos
agiam sempre como bichos
pouco falavam, só pensavam
e com a cadela, tinham dias amenos.
Um dia, Baleia foi à caça
e nada encontrou
e a fome era tanta que sinhá Vitória
o papagaio matou.
Chegavam a uma casa abandonada
estiagem havia dado trégua
Fabiano resolveu então
parar e ali viver sem preocupação.
Fabiano virou vaqueiro
e a vida melhorou
sinhá Vitória queria uma cama
e Baleia um mundo de preá sonhou.
O rio parecia perene
Fabiano ganhou dinheiro
e à cidade foi rápido
comprar mantimentos e querosene.
Na cidade, encontrou o soldado amarelo
que,com raiva, obrigou Fabiano
a jogar e perder o dinheiro
e ficar preso como arruaceiro.
Passou uma noite horrorosa
sentindo-se o pior dos homens
a vontade de matar era tanta
que Fabiano ficou em polvorosa.
Houve uma festa na cidade
Fabiano foi com os filhos arrumados
Baleia se sentindo diferente
foi atrás daquela gente.
Na festa, sapatos e roupas apertados
os pés doendo e inchados
a família nada aproveitou
só Baleia, a cadela, deitou e rolou.
Baleia, um dia adoeceu
Fabiano, com medo, decidiu matá-la
mesmo que os filhos não quisessem
a cadela com um tiro morreu.
Fabiano encontrou o soldado amarelo
poderia vingar a humilhação
porém submisso abaixou a cabeça
e deu ao soldado a informação.
A seca voltou cruel
e Fabiano decidiu fugir
com ele, levou os filhos
que iam na frente para a seca sair.