Dois mundos...uma escola. 5º capítulo: O castelo
Depois que descobrimos o que a Gabi conseguia fazer, eu disse a ela que deveria treinar, pois isso seria muito útil para enfrentarmos esse tal de Herobrine:
- Gabi! Você é superforte! Se você treinar poderá matá-lo com um feitiço só! Fico até com inveja...
- Que nada! Não fui eu que fiz aquilo! Foi o livro! Eu apenas o li e as palavras vieram na minha cabeça!
- Queria ser como você!
- Você não só quer como pode! Pegue o livro e tente fazer algum feitiço! Você consegue!
- Está bem! – digo encorajado .
Vou até o livro e abro a página na parte dos feitiços, escolho um que faz as coisas flutuarem e então o leio em voz alta:
- Flutues morfos comoro!
Quando eu termino de falar, uma foça misteriosa me faz cair no chão.
- Gabri! Gabri! Você está bem? Por favor, diz que sim!
- Eu estou! Mais como te disse, não tenho poderes como você!
- Que nada! Esse feitiço deve estar errado, quer ver? Vou tentar usá-lo e você vai ver como ele não funciona comigo!
A Gabi pega o livro, abre a página do feitiço e começa a ler as palavras em voz alta:
- Flutues morfos comoro!
De repente os seus olhos ficaram azuis, como da última vez, e ela apontou para mim sem querer e começei a flutuar até o céu.
- Gabi! Gabi! Eu estou flutuando! Me ajuda!
- Ga... Gabri! Eu não sei o que fazer!
- Gabiiii! – gritei subindo e indo em direção às nuvens.
- Não se preocupe! Irei te ajudar!
Então, a Gabi pegou um pedaço de madeira e lançou o feitiço nesse pedaço de madeira que também começou a flutuar. Ela subiu em cima da madeira e foi subindo indo em minha direção.
- Eu te falei que vou te ajudar, então vou te ajudar! – disse ela.
- Acho que não vai dar, olha aquilo!
Foi quando nós dois vimos juntos um enorme castelo! Mas não é um castelo comum de princesas! É um castelo de gigantes! Você sabe aquele gigante do João e o pé de feijão? Então, é um castelo igualzinho ao dele só que bem maior! Quando passei perto da nuvem onde está o castelo, parei de flutuar como se houvesse mágica ali!
- Gabi! Isso é estranho! Como isso aconteceu?! Como aquele castelo está ali?! E como estou andando nas nuvens?!
- Só tem uma explicação! Magia! E como diz no livro: Em toda magia há um preço! – afirmou ela como se fosse uma especialista no assunto.
- Tá, mas e agora? Como descemos disso!
Falei com ela, apontando para o chão que está tão longe que só dá para ver as montanhas mais altas!
- Errr, bem isso eu já não sei!
- Ahhhhh, meu Deus! Herobrine está a solta! Somos os únicos que podem matá-lo e estamos presos no céu! – Gritei tão alto que...
- Gabriel! Não grita! Assim podemos atrair a atenção de alguém!
- Err, acho que já atraímos!
Digo isso apontando para a porta do castelo e dela está saindo um gigante, com uma malha de ferro e com uma espada, procurando quem foi que fez esse som, ou seja, EU!
- Gabri! CORRE!
Começamos a correr muito rápido e entramos num modo de sobrevivência! Não sabíamos para onde ir ou pelo menos onde nos esconder! Então, vimos umas flores gigantescas parecendo florestas e resolvemos nos esconder nesse lugar.
- Gabi! Você é a mágica aqui! Me ache uma explicação para o que está acontecendo!
- Está bem! Deixa eu ver o que está escrito no livro...
Então, ela começou a folhear o livro, procurando uma página sobre gigantes... até que achou um escrito:
“Os gigantes: os gigantes vivem em castelos, nos topos das nuvens, pois lá é o lugar mais seguro para proteger o seu bem mais precioso: o feijão mágico que pode realizar qualquer desejo para quem o mastigá-lo. Os gigantes são criaturas sem paciência e raivosos. Em seus castelos, guardam ouro e outros bens preciosos. O seu único ponto fraco é a sua testa, que é muito sensível e pode até matar o gigante, pois está localizada no local do seu cérebro. Mas tome cuidado com eles, pois são bem fortes e matam por diversão.”
- Você ouviu? Podemos matá-lo, pegar o feijão e desejarmos estar lá embaixo na terra!
- Parece que você não leu tudo! Ele é muito forte! Estamos ferrados!
- Mas não precisamos matá-lo...
- Gabi, como assim?!
- Podemos entrar escondidos e pegarmos o feijão sem ele perceber!
- Tá bom, mas se eu morrer, juro que volto de noite para puxar o seu pé!
- Uhum, agora vamos, ok?
Então nós fomos em direção ao castelo do gigante, andando bem discretamente, até que encontramos uma formiga gigante com aproximadamente dois metros de altura!
- Gabi, olhe aquilo! Uma formiga grandona! Olhe isso!
- Mas eu tenho um inseticida bem aqui! – disse ela apontando para o livro e foi logo dizendo “insetus fogus queimarus!” e tacou o feitiço na formiga.
Mas a formiga era tão grande e forte que não fez nem cócegas! Então, ela abocanhou a Gabi, deu as costas para mim, com a Gabi no bico, e a levou para o formigueiro!
- Gabi! Nãooooo...
De repente, aconteceu um barulho e tudo parou! Mas tudo mesmo! Como se só eu estivesse me mexendo, demorou algum tempo para eu descobrir o que era aquilo, até que:
- Meu Deus! Eu parei o tempo! Meu Deus! Meu Deus!
Então, tirei a Gabi da boca da formiga e a levei para a frente da porta do castelo. E disse:
-TEMPUS NORMALS!
E então, o tempo voltou ao normal e, para a minha surpresa, a Gabi estava gritando de medo:
- Ahhhhhhhhhhh!!! Gabriel! Me tira desta formiga – foi só aí que ela parou para raciocinar que já não estava mais lá e que estava na porta do castelo do gigante.
– Err... Gabri, onde é que eu tô?
- Ora, onde deveria estar! Bem longe daquela formiga!
- Ma... ma... mas, como você fez isso?! Eu estava lá agora e de repente, puft! Eu apareci aqui sã e salva!
- Bem - parei novamente o tempo e fui para trás dela e voltei com o tempo normal – eu parei o tempo!
- Gabri! Você descobriu os seus poderes!
- Sim! Agora, vamos atrás desse feijão mágico!
- Bora!
E então, eu e Gabi fomos atrás do feijão mágico, até que...
Quinto capítulo do livro "Dois mundos...uma escola."
Gabriel Lima Rodrigues cursa, atualmente, o 6º ano na Escola Major Raimundo Felicíssimo e escreve regularmente neste espaço.
Veja os outros capítulos na coluna do Gabriel.